A Defesa Civil de Santa Catarina confirmou na manhã desta quinta-feira (6) que os estragos provocados no dia anterior por fortes rajadas de vento em Timbó, no Vale do Itajaí, foram causados por um tornado.
O vento estimado na região passou dos 130km/h.
A tempestade de quarta-feira (5) destelhou casas e galpões industriais (veja vídeo acima). Ninguém ficou desabrigado ou ferido.
De acordo com a nota técnica elaborada pela Diretoria de Gestão de Risco, entre a tarde e a noite de quarta-feira (5), a passagem de uma frente fria pelo sul do Brasil, aliada ao calor sazonal e à disponibilidade de umidade foram responsáveis pelo desenvolvimento de tempestades.
“Esta condição atmosférica favoreceu o desenvolvimento de áreas de instabilidade que ocasionaram temporais acompanhados de chuva intensa, descargas elétricas (raios), rajadas de vento e nas regiões do centro leste catarinense e o destaque para a ocorrência de um tornado no Médio Vale do Itajaí”, consta no documento.
“Com base nos registros dos danos enviados para a Defesa Civil de SC, pelas coordenadorias regionais, das imagens de radar e satélite analisadas do dia 5 de janeiro de 2022 e das estações meteorológicas é possível afirmar a ocorrência de tempestades no estado de Santa Catarina e a ocorrência de um tornado no município de Timbó”, informa o órgão no informativo divulgado.
O temporal também causou estragos em outras duas cidades. Houve registro de deslizamentos, pontos de alagamentos e quedas de árvores.
De acordo com a Defesa Civil, as imagens do radar meteorológico de Lontras, na mesma região, mostraram núcleos de temporais e células tornádicas às 16h57 nas proximidades de Timbó.
“Nesta região, observa-se uma supercélula sobre o município, com características de tempestade severa”.
“O bairro mais atingido foi o Industrial, onde tivemos muitos destelhamentos em galpões, telhas foram arremessadas a quase 200 metros de distância”, disse o coordenador da Defesa Civil do município, Fabio Melere.
Também houve um desmoronamento de terra, causado pela chuva, que acabou comprometendo o serviço de abastecimento de água em alguns bairros, de acordo com a prefeitura.
Antes da confirmação por parte do órgão estadual, a Defesa Civil municipal tratava o caso como microexplosão – concentração de fortes rajadas de ventos em uma pequena localidade.
No entanto, por conta dos estragos e análises meteorológicas, ocorreu a identificação do tornado.
Tempestade
De acordo com o boletim divulgado pela Defesa Civil estadual nesta quinta-feira (6) Rio Fortuna, no Sul, e Bom Jardim da Serra e Santa Rosa de Lima, na região serrana, registraram o maior acumulado de chuvas em 24 horas.
Segundo a Central de Meteorologia da NSC, uma frente fria provocou a queda do grande volume de água na tarde de quarta-feira (5) em algumas regiões.
Foram registrados em Rio Fortuna 123 milímetros de chuva, segundo a Defesa Civil.
O Rio Pequeno, que fica na divisa da cidade com Grão Pará, teve cheia (veja vídeo acima).
“[O rio] Já está retornando ao leito normal. É um rio de serra, sobe rápido e baixa muito rápido também, são trovoadas.
É muito com no verão, é quase como se fosse uma cabeça d’água”, explicou a Defesa Civil da cidade.
Em Brusque, houve registro de alagamentos e deslizamento de terra.
Segundo a prefeitura, os bairros de Limeira e Nova Brasília foram os mais atingidos.
De acordo com Edvilson Cugik, que coordena a Defesa Civil de Brusque, ocorreram enxurradas em algumas localidades.
Ninguém ficou ferido.
Portal Voxnet – Via g1