Especialistas alertam que o distanciamento é a forma mais segura de proteção. O turismo contemplativo é uma opção viável, mas o espaço do animal deve ser respeitado.
Ficar cara a cara com uma sucuri. Estes eventos têm sido mais frequentes ultimamente nos rios de Mato Grosso do Sul.
O G1 ouviu especialistas para saber os porquês destes flagrantes.
Eles explicaram que as baixas temperaturas e o período reprodutivo estão atrelados diretamente à aparição das serpentes.
Com isso, os registros aumentam durante o final do outono e começo do inverno.
A doutora em ecologia pela Universidade de São Paulo (USP) e que também coordena um projeto voltado para as sucuris na região de Bonito, Juliana Terra, explica os principais motivos que facilitam observar as grande cobras.
A especialista ressalta que nessa época do ano, é bastante comum que tenha o aumento da possibilidade de avistar as sucuris, isso por causa da chegada do inverno, momento em que as serpentes buscam manter-se aquecidas por meio da luz solar.
“Não é nada atípico desse ano. Pelo contrário, é bastante comum e tem alguns motivos para isso.
O principal é a temperatura. Quando chega maio ou junho, quando vamos entrando em períodos e baixas temperaturas.
Então é assim, sempre antes ou após uma frente fria, é comum que elas utilizem as horas do dia do sol para se aquecerem, já que a água nessa época fica muito fria, especialmente durante a noite.
Então é comum que elas busquem sair da água, busquem as margens dos rios ou barrancos que sempre ficam próximos dos leitos.
Ali elas buscam se aquecer sob o sol”, e ainda acrescentou:
A especialista explica que as sucuris são ectotérmicos, ou seja, animais que não produzem calor metabolicamente, assim, buscando o aquecimento fora da água, momento em que a maioria dos registros fotográficos são feitos.
Uma outra explicação para as aparições, apresentada por Juliana, é o início do período reprodutivo.
“Elas já estão entrando nesse período que corre de julho a outubro, então devido a isso começa a ser possível observá-las.
Pois os animais ficam mais ativos no ambiente, as fêmeas começam a procurar o local adequado para a copular e os machos vão atrás delas”.
“Agora começa a época delas se deslocarem, Mas é a partir de junho, setembro é a época que acontece o acasalamento.
Depois elas vão entrar no período de gestação que pode durar até seis meses até parir os filhotes.
Então a gente presume que lá por fevereiro ou abril mais ou menos, é quando ela vai parir”, explicou ao G1.
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