Com uma alíquota única em todo o país, o preço médio do gás de botijão vai subir 11,9%.
As mudanças nas regras do ICMS, que passam a valer a partir desta 2ª feira (1°.mai) devem impactar quem usa botijão de gás para cozinhar.
O aumento médio previsto é de quase R$ 2 na maioria dos estados.
A empreendedora Berenice de Fátima da Silva produz e vende marmitas há um ano.
Ela entrega até 20 refeições por dia no bairro onde mora, em Porto Alegre.
O botijão de 13 quilos não dura mais que 15 dias.
Com o gás mais caro, a cozinheira diz que não terá outra saída a não ser aumentar o preço da marmita.
“Não tem como não deixar ela no mesmo valor porque o custo eu vou ter né? Vai ser mais alto, de R$ 16 vai pra R$ 20.
Não tem como repor isso aí de outra forma né?”, diz Berenice.
O aumento é efeito da mudança na cobrança do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços, o ICMS.
Com uma alíquota única em todo o país, o preço médio do gás de botijão vai subir 11,9%, e os estados não podem mais cobrar percentuais diferentes sobre o produto.
Até então, o valor médio do ICMS no botijão era de R$ 14,60.
Com a nova alíquota, sobe para R$ 16,34.
21 estados e o Distrito Federal terão aumento da tributação porque tinham alíquota menor do que a fixada agora.
O maior impacto é no Mato Grosso do Sul, 84%, o que equivale a um aumento de R$ 7,50.
Ceará e Espírito Santo não terão alteração de preço. Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Acre terão redução de valor, já que estavam com alíquotas mais altas.
Em uma revenda de gás de Porto Alegre, foi só falar em aumento que as vendas dispararam.
A pressa é para comprar o botijão pelo preço antigo.
“Pretendo zerar o estoque e assim que receber o aumento vai repassar pra rua.
Uns a gente consegue manter o preço, outros vai mais caro.
A gente vai jogando como pode”, diz o proprietário Anderson Corrêa.