Mais de 60 animais já estavam mortos quando os policiais chegaram ao local.
Um produtor rural de Iguatemi (MS), a 412 km de Campo Grande, foi multado, na quarta-feira (18), em R$ 330 mil por deixar 285 animais em uma propriedade sem alimentação, além de outros crimes ambientais.
A Polícia Militar Ambiental (PMA) foi acionada por meio de denúncias e quando chegou ao local encontrou 65 animais já mortos e 11 sem conseguir se levantar.
Os militares ambientais verificaram que a pastagem estava totalmente degradada.
“Em grande parte apresentando somente a terra nua sem gramínea e o gado praticamente não conseguia mais retirar alimento”, informou a PMA em nota.
Conforme os policiais, o proprietário rural mantinha o gado sem nenhuma outra forma de alimentação, por descuido.
Desta forma, os animais estavam totalmente debilitados, com ossos expostos sob a pele.
“Vem um período mais seco, o pasto degrada, ele não renova a pastagem e coloca gado acima da quantidade, depois não suplementa o que falta e o gado morre”, detalha o tenente-coronel Ednilson Queiroz, da PMA.
De acordo com as autoridades, o fazendeiro cometeu mais um crime ambiental ao abrir a área de vegetação protegida da reserva legal da propriedade para o gado pastar.
Contudo, a área estava sem pastagem e o gado, com rapidez, ingeriu a vegetação passível de alimento.
Durante a análise na fazenda, a PMA verificou também que havia diversos processos erosivos no local.
Por falta de atividades de conservação do solo, ocorreu a criação de barrancos e outros buracos de diferentes tamanhos.
Segundo a PMA, o proprietário rural foi notificado a apresentar um Plano de Recuperação da Área Degradada e Alterada (PRADA) ao órgão ambiental estadual, para a recuperação da área.
O gado sobrevivente foi apreendido e a PMA notificou o fazendeiro a adquirir alimentação suplementar para os animais, sob pena de responder por crime de desobediência e ser autuado novamente.