domingo, 28 abril 2024

Invasão: ACIAG e CACIOPAR emitem nota em defesa dos produtores rurais de Guaíra

As entidades monitoram invasões de propriedades rurais por autodenominados integrantes de povos tradicionais, pedindo às autoridades nacionais atenção imediata para evitar a expansão do conflito.

A Associação Comercial e Empresarial de Guaíra monitora de perto o tenso conflito entre um grupo vinculado a movimentos sociais autodenominados como integrantes de povos tradicionais e os proprietários de terras que viram suas propriedades invadidas, especialmente na região da Vila Eletrosul, epicentro dos conflitos.

Num recente episódio, três indivíduos ligados a esses movimentos afirmam ter sido alvejados por um agressor desconhecido.

Simultaneamente, um residente próximo ao assentamento foi agredido e mantido como refém pelo grupo.

As forças de segurança foram prontamente mobilizadas e enfrentaram os indivíduos armados com flechas e facões.

Após restabelecer a ordem, conseguiram libertar o refém, que, apesar das lesões, não corre risco de vida.

É de conhecimento público que a região de Guaíra tem sido palco de conflitos entre povos indígenas e agricultores, vítimas de invasões territoriais.

Ressalta-se que, até 2005, o município não contava com uma população expressiva de autoproclamados integrantes de povos indígenas, conforme dados do censo habitacional.

A primeira onda do povo Avá-Guarani, originária do Mato Grosso do Sul, ocupou uma área da reserva biológica da Itaipu Binacional.

Desde então, Guaíra enfrenta múltiplas invasões a propriedades de famílias tradicionais, que historicamente administraram suas terras, contribuindo para o desenvolvimento da cidade.

Em uma demonstração de comprometimento com a defesa dos interesses municipais, a ACIAG emitiu, nesta sexta-feira (12), uma nota oficial posicionando-se sobre o caso e fortalecendo sua atuação como entidade de relevância no cenário local.

NOTA OFICIAL DA ACIAG

A ACIAG manifesta seu apoio incondicional ao legítimo direito à propriedade privada e à nossa Constituição Federal, que consagrou esse princípio como um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito.

A segurança jurídica e a paz social dependem do fiel cumprimento de nossas leis e do respeito à propriedade privada e à ordem constitucional.

Não é legítimo nenhum movimento social que pratique crimes, táticas de guerrilha com violência, sequestro, agressão, contra os produtores rurais que possuem o título de domínio de suas terras produtivas.

A invasão de propriedade que respeita a função social é uma violação aos direitos individuais e às garantias fundamentais estabelecidas pela Constituição de 1988.

Infelizmente, as recentes invasões assemelham-se a invasões previamente investigadas, que envolviam “cidadãos de nacionalidade paraguaia” na época.

Por estas e outras razões, torna-se necessário que as autoridades tomem providências imediatas para a retirada dos invasores e determine uma apuração rigorosa e isenta sobre todos os graves fatos ocorridos.

Diretoria da ACIAG, 12 de janeiro de 2024.

APOIO DA CACIOPAR

O posicionamento da ACIAG foi prontamente respaldado pela Coordenadoria das Associações Comerciais do Oeste do Paraná, que acompanha com atenção e preocupação a nova crise envolvendo o município de Guaíra e a disputa de terras na região.

Por isso, a entidade emitiu uma nota na qual se pronuncia sobre esse tema que necessita urgentemente de pacificação.

Além de apoiar os produtores rurais proprietários das áreas invadidas, a entidade solicita ao Estado e ao Governo Federal que a Constituição e a recente decisão do Congresso sobre a questão do Marco Temporal sejam observadas e respeitadas.

Há vários anos, a Caciopar tem alertado as autoridades constituídas a respeito da situação de insegurança jurídica com relação aos assentamentos indígenas na região de Guaíra e de Terra Roxa, no Extremo-Oeste do Paraná.

Com isso, clamando pela defesa do legítimo direito à propriedade privada e, ainda, pela observância da vontade da Constituição, ratificada pela atual composição do Congresso Nacional que regulamentou o Marco Temporal das demarcações de terras indígenas.

Os recentes episódios de grave violência contra produtores rurais detentores do título de domínio de suas propriedades rurais produtivas, que, portanto, cumprem com a função social da propriedade, somente reforçam a necessidade de se assegurar os direitos individuais e as garantias fundamentais previstas na Constituição de 1988.

Diante do atual cenário, a Caciopar solicita do estado do Paraná e do Governo Federal uma atuação enérgica das forças policiais para a defesa dos produtores rurais e da população do município de Guaíra, bem como a pronta desmobilização de qualquer movimento invasor que afronte o direito à propriedade privada.

A Caciopar manifesta, ainda, irrestrito apoio à atuação legislativa do Congresso Nacional que, por meio da lei n° 14.701/2023, estabeleceu a data da promulgação da Constituição Federal de 1988 como marco temporal para a demarcação de terras indígenas, na esperança de que o Supremo Tribunal Federal, ao ser confrontado com a matéria, mantenha vigente a norma emanada do Poder Legislativo.

Diretoria da CACIOPAR, 12 de janeiro de 2024

Fonte: Assessoria de Imprensa

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