quinta-feira, 2 maio 2024

Guaíra – Diretoria de Meio Ambiente visita Parque Nacional

O Município de Guaíra, por intermédio da Assessoria de Comunicação, e Diretoria de Meio Ambiente, estiveram nesta manhã de sexta-feira (20), na área do Parque Nacional de Ilha Grande — PNIG, coletando informações sobre o grande incêndio que atinge o local.

O incêndio teve início na noite da última terça-feira (17).

Segundo informações do responsável ambiental, a princípio, indica ser causado por ações humanas, visto que não houve oportunidades naturais para o ocorrido.

No entanto, não há nada confirmado sobre o quê ou como as chamas iniciaram.

O PNIG é uma área nacional preservada criada no ano de 1997.

A área total do Parque é de 76.033,12 hectares, sendo que a APA Federal conta com 1.005.180,74 hectares.

Sua gestão é feita pelo ICMBio — Instituto Chico Mendes da Biodiversidade.

Guaíra apoia a área por meio do CORIPA — Consórcio Intermunicipal para Conservação do Remanescente do Rio Paraná e Áreas de Influência.

Segundo o Diretor de Meio Ambiente, Luiz Vieira, durante a visita in loco, observou que á área conta com uma expressiva quantidade de palha, oriunda das diversas geadas que ocorreram em Guaíra.

A palha é um rápido combustível para que o fogo ganhe intensidade e dimensão.

A princípio, as chamas saíram da região sul do Parque, sentido ao Norte.

No entanto, está sob o sentido contrário do vento, o que retarda, mesmo que minimamente, o seu rápido avanço.

O ICMBio, com apoio do Coripa, realizaram um aceiro em um determinado ponto estratégico do local, para combate direto ao fogo.

O aceiro conta com uma extensão de 1.200 metros, indo de um lado do Rio Paraná, ao outro lado da Lagoa Saraiva.

Neste ponto, há uma equipe de 38 brigadistas em atuação, sendo que mais 14 foram encaminhados, em prontidão para conter o incêndio.

Vale ressaltar que aceiro é a limpeza de uma área, para evitar que o fogo alcance o possível combustível e ganhe velocidade, ocasionando em mais estragos ao meio ambiente.

A Lagoa Saraiva é o principal berço do Rio Paraná, sendo inclusive considerada a mais importante de todo o arquipélago.

O local ainda é essencial para a reprodução de diversas espécies de peixes, e a pesca, mesmo que esportiva, é proibida na área.

Conforme informações repassadas, não há a possibilidade de que a equipe de brigadistas combata o incêndio direto, dentro da mata, visto que as chamas alcançam mais de 05 metros de altura, sendo ainda maior de extensão.

“Seria desumano e sem segurança enviar pessoas para lá”, informou Nayara Raposo, Secretária Executiva do Coripa.

Além disso, caso os brigadistas realizem a ação de atear fogo controlado no sentido contrário às chamas que vêm em direção ao norte da ilha, poderiam cercar a fauna, ou seja, os animais que ainda estão em situação de fuga, e consequentemente matá-los.

É preciso ressaltar que os animais estão conseguindo atravessar a lagoa, na parte mais rasa, até o outro lado da ilha, que não foi e não será atingido pelas chamas.

Isso representou uma perspectiva mais positiva para toda a equipe em combate direto no local, segundo os mesmos.

Outra informação boa é que o fogo não está afetando o solo da área incendiada.

As raízes e a terra permanecem intactas, úmidas e propícias para recuperação e crescimento.

Apesar disso, muitas denúncias foram recebidas acerca de caçadores na área, à espreita dos animais amedrontados que fogem das chamas.

A Polícia Federal já está em atuação e vigilância nos locais, visando identificar e responsabilizar o ato.

Outras queixas foram prestadas às autoridades responsáveis, acerca de mais pessoas praticando o ato de atear fogo em locais indevidos, inapropriados e com grande risco de incêndio.

A fiscalização está ativa para penalizar a ação.

“Só quem está aqui consegue ver e compreender a seriedade que ocorre nesta área.

Uma grande tragédia para o nosso meio ambiente”, enfatizou Luiz Vieira.

Mais informações serão divulgadas a qualquer momento.

Texto e Foto: Andressa Teleste/Revisão: Cíntia Marques

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