sábado, 4 maio 2024

Guaíra – Condições climáticas colocam em risco a safra de soja 2022

“Gato escaldado tem medo de água fria”, já dizia o ditado popular.

Assim, estão os agricultores de Guaíra. Com um histórico de dos últimos 2 anos, onde houve a perda na produção da safra de soja por excesso de chuva, em seguida uma quebra expressiva da produção da safra de milho por geada, na sequência uma seca de 60 dias arruinou a safra da soja, e por último uma perda na produção do milho devido à cigarrinha, os agricultores andam preocupados.

Nesse período, onde os agricultores esperam por uma boa colheita da soja, problemas com as intempéries climáticas têm sido motivo de atenção e preocupação.

Pois, no início do plantio da soja, no Município de Guaíra, houve um alto volume de chuva e baixas temperaturas.

No mês de setembro teve uma média de 352,50 mm de chuva e no mês de outubro teve uma média de 414,63 mm de chuva.

Quando há o excesso da precipitação, os problemas ocorrem desde a germinação das sementes, devido à embebição das sementes e à falta de oxigênio para que elas se desenvolvam em plântulas.

Isso porque, quando o solo está excessivamente úmido, a entrada de oxigênio e saída de dióxido de carbono fica limitada, dada a baixa condutividade dos gases na água.

Além disso, as raízes das sojas não conseguem penetrar profundamente no solo, pois, este está muito saturado de água, o que adiciona problemas de desenvolvimento e crescimento das plantas.

Já no mês de novembro teve uma média de 58,34 mm de chuva, houve uma estiagem, isso ocorre quando há baixa incidência ou ausência de chuvas por um longo período.

Geralmente, as consequências vão desde a baixa produtividade até a perda da safra.

Esse medo da perda de produção na safra 2022/2023, ocorre devido ao município de Guaíra ter perdido 82% da sua produção da safra 2021/2022 de soja devido à seca e outros problemas ocasionados em safras anteriores, como já citados.

As chuvas retornaram no mês de dezembro, como chamada popularmente de “chuva de manga”, são chuvas isoladas que atinge algumas regiões, assim, algumas áreas do município não receberam nenhuma ou pouca chuva.

Como mencionado anteriormente, devido às condições climáticas ocorridas no início da safra, as plantas não desenvolveram suas raízes em profundidade e nesse momento estão sofrendo por falta de água.

Segundo o Diretor de Agropecuária do Município, “Ainda há chance de ter uma boa safra, porém, não ‘cheia’, caso ocorra as chuvas.

A questão é que as previsões para chuva não são favoráveis e isso tira o sono dos agricultores.

As previsões indicam chuva a partir do dia 30/12. Uma parte do Distrito de Oliveira Castro, Espirito Santo, e Rancho Alegre são áreas que receberam baixo índice de chuva.

E com essa previsão a soja sofrerá mais uma semana, o que pode ser fator determinante para quebra na produção”.

No ano passado o Município fez um Decreto (núm. 482/2021), onde declarou estado de emergência pública em razão da crise hídrica enfrentada em 2021.

Para 2022 Município, via Secretaria de Agropecuária, Infraestrutura e Meio Ambiente, está atento as necessidades dos agricultores.

Em caso de dúvida o agricultor pode procurar a Diretoria de Agropecuária.

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