Marcelo Pecci era procurador do Ministério Público do Paraguai e especializado em investigações que envolviam o crime organizado.
O promotor também atuou na apuração da execução do jornalista Léo Veras, que trabalhava em Mato Grosso do Sul.
O promotor paraguaio Marcelo Pecci, de 46 anos, morto, nesta terça-feira (10), durante a lua de mel na Colômbia atuou em casos emblemáticos na fronteira entre Brasil e Paraguai, em Pedro Juan Caballero, cidade ao lado de Ponta Porã (MS), a 324 km de Campo Grande.
O funcionário do Ministério Público do país vizinho participou das apurações na prisão de Ronaldinho Gaúcho e na chacina que matou a filha do governador de Amambay (PY).
Marcelo estava em viagem de lua de mel na ilha de Barú, perto de Cartagena de Índias.
O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, confirmou a morte em uma rede social:
“O covarde assassinato do promotor Marcelo Pecci na Colômbia deixa toda a nação paraguaia de luto.
Condenamos, da maneira mais enérgica, esse trágico incidente e redobramos nosso compromisso de lutar contra o crime organizado”, disse ele.
Segundo informações da polícia paraguaia, os suspeitos usaram um jetski para poder chegar à praia de Cartagena , onde estava promotor e sua esposa, a jornalista Claudia Aguilera, que escapou ilesa do atentado.
Investigações
O promotor atuou nas investigações de vários crimes de pistolagem e de grande repercussão na região de fronteira, como a chacina em que foram mortas quatro pessoas, incluindo Haylee Carolina Acevedo Yunis, filha de Ronald Acevedo, governador do estado de Amambay, no Paraguai, em outubro de 2021.
Além da chacina, o procurador atuou na prisão, em 2020, do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e do irmão dele, Roberto de Assis, por entrarem no Paraguai com passaportes adulterados.