O Ministério da Infância e Adolescência informou que pelo menos 22 jovens vítimas de tráfico de pessoas e do trabalho escravo no Brasil foram abandonados na fronteira desde o início da pandemia.
A maioria trabalhava em fábricas ou no serviço doméstico.
Pelo menos 22 jovens paraguaias, com idade entre 12 e 17 anos, vítimas de tráfico e exploração no Brasil, foram abandonadas na fronteira, desde o início da pandemia de coronavírus.
Foi o que afirmou, na quinta-feira (7), o Ministério da Criança e do Adolescente do Paraguai.
“Mais de 22 meninas que trabalhavam no Brasil, vítimas de tráfico, voltaram ao país durante a emergência de saúde.
É claro que estavam sendo exploradas e, no início da quarentena, foram levadas para a ponte e deixadas lá”, disse a Ministra Teresa Martínez.
A Ministra, que foi promotora da Unidade Especializada de Combate ao Tráfico de Pessoas, explicou que algumas dessas vítimas sofrem exploração sexual e laboral, mas a maioria das que retornaram era vítima do trabalho escravo, em São Paulo.
Todas foram para os abrigos onde cumprem quarentena obrigatória e estão sob os cuidados da Defensoria da Infância e Juventude. Enquanto isso, o governo está verificando se elas poderão ou não voltar para as próprias casas, e se os pais são ou não responsáveis pela situação de exploração, explicou a Ministra.
“A maioria delas estava trabalhando em fábricas de roupas ou em serviços domésticos. Encontramos meninas muito jovens, de 12 anos, que nunca poderiam deixar o país para essa atividade”, disse Teresa.
O caso já foi repassado para o Ministério Público, para investigação.
As próprias meninas que retornaram alertaram que há muito mais jovens paraguaias sendo exploradas no Brasil, nos mesmos lugares em que foram forçadas a trabalhar.
Crisloose
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