segunda-feira, 20 maio 2024

Dia Internacional da Síndrome de Down

O Município de Guaíra celebra nesta segunda-feira (21), o Dia Mundial da Síndrome de Down.

O Município de Guaíra celebra nesta segunda-feira (21), o Dia Mundial da Síndrome de Down.

No Brasil, a data é instituída por meio da Lei 14.306/2022, sancionada no início deste mês.

Dentre as disposições, a nova lei estabelece que os órgãos públicos responsáveis deverão promover eventos de valorização de indivíduos com a síndrome de Down na sociedade.

Além disso, a escolha da data não foi ao acaso. Em inglês, a apresentação das datas ocorre no modo inverso, sendo o mês identificado à frente do dia. Assim, 3/21 faz alusão aos 3 cromossomos no par número 21, característico das pessoas com síndrome de Down.

A celebração foi encabeçada por uma associação britânica Down Syndrome International — DSI, e hoje é comemorada pelos 193 países-membros da ONU.

A síndrome de Down é causada pela presença de 3 cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Este processo ocorre na hora da concepção das crianças.

Enquanto, a maioria da população, têm 46 células, as pessoas com a síndrome possui 47 cromossomos, ou seja, 1 a mais, e inclusive sendo este cromossomo o responsável pela frase “O cromossomo do amor”.

Vale destacar que o comportamento dos pais não causa a síndrome de Down. Conforme o site Movimento Down: “Não há nada que eles poderiam ter feito de diferente para evitá-la.

Não é culpa de ninguém.

Além disso, a síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição da pessoa associada a algumas questões para as quais os pais devem estar atentos desde o nascimento da criança”.

Neste sentido, o Município de Guaíra, via Secretaria de Educação, investe e deposita muita dedicação na educação especial da cidade.

Como este assunto é de interesse de todos, vale ainda compartilhar mais informações muito importantes para esclarecer e iluminar a mente. Confira a seguir:

1 — A SÍNDROME DE DOWN NÃO É DOENÇA

Conforme já exposto, a síndrome ocorre no momento da concepção da criança, fazendo com que isso seja uma ocorrência genética, e não uma doença.

Portanto, é incorreto dizer que a síndrome de Down é uma doença, ou que uma pessoa que possui a síndrome seja doente.

2 — AS PESSOAS COM A SÍNDROME DE DOWN NÃO SÃO TODAS IGUAIS

Ainda que possuam semelhanças entre si, como os olhos amendoados, baixo tônus muscular e deficiência intelectual, estes indivíduos não são todos iguais.

Por isso, deve-se evitar mencioná-los como um grupo único e uniforme.

Todas as pessoas, inclusive as que possuem a síndrome de Down, têm características únicas, tanto genéticas, herdadas de seus familiares, quanto culturais, sociais e educacionais.

3 — PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN TÊM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Primeiramente, deficiência intelectual não é o mesmo que deficiência mental.

Portanto, não é apropriado usar o termo “deficiência mental” para se referir às pessoas com a síndrome de Down. Deficiência mental é um comprometimento de ordem psicológica.

4 — AS PESSOAS TÊM SÍNDROME DE DOWN, NÃO SÃO PORTADORES DE SÍNDROME DE DOWN

As pessoas podem portar (carregar ou trazer) uma carteira, chaves, guarda-chuvas ou até um vírus, mas não podem portar uma deficiência.

Isso é uma característica inerente a pessoa, não é algo que se pode deixar em casa.

Então, o termo “portador”, seja para a síndrome ou para outras deficiências, caiu desuso. O mais adequado é dizer que a pessoa tem deficiência.

5 — A PESSOA É UM INDIVÍDUO. ELA NÃO É A DEFICIÊNCIA

A pessoa vem sempre em primeiro lugar.

Ter uma deficiência não é o que caracteriza o indivíduo.

Por isso, é importante dizer quem é a pessoa para depois citar a deficiência.

Por exemplo: o funcionário com síndrome de Down, o aluno com autismo, a professora cega, e assim por diante.

6 — PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN TÊM OPINIÃO

As pessoas com síndrome de Down estudam, trabalham e convivem com todos.

Esses indivíduos têm opinião e podem se expressar sobre assuntos que lhes dizem respeito.

Em caso de entrevistas, procure falar com as próprias pessoas com deficiência, não apenas com familiares, acompanhantes ou especialistas.

7 — PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN NÃO DEVEM SER TRATADAS COMO COITADINHAS

Ter uma deficiência é viver com algumas limitações. Isso não significa que pessoas com deficiência são “coitadinhas”.

Pessoas com síndrome de Down se divertem, estudam, passeiam, trabalham, namoram e se tornam adultos como todo mundo.

Nascer com uma deficiência não é uma tragédia, nem uma desgraça, é apenas uma das características da pessoa.

8 — DE PERTO, NINGUÉM É NORMAL

No mundo não existem “os normais” e “os anormais”. Todos são seres humanos de igual valor, com características diversas.

Se precisar, use os termos “pessoa sem deficiência” e “pessoa com deficiência”.

9 — DIREITO CONSTITUCIONAL À INCLUSÃO E CIDADANIA

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi aprovada no Brasil em 2008 como norma constitucional.

Ela diz que cabe ao Estado e a sociedade buscar formas de garantir os direitos de todas as pessoas com deficiência em igualdade de condições com os demais.

A Convenção é uma importante ferramenta de acesso à cidadania e precisa ser mais difundida entre as próprias pessoas com deficiência, juristas e a população, em geral.

10 — PORQUE A TERMINOLOGIA É IMPORTANTE?

Referir-se de forma adequada as pessoas ou grupo de pessoas é importante para enfrentar preconceitos, estereótipos e promover igualdade.

Segundo a Secretária de Educação, Franciele Danelon, a equipe promoverá uma série de ações em prol desta celebração, entre os dias 02 e 10 de abril, na Semana da Educação Inclusiva — Promovendo vínculos afetivos através da cidadania, respeito e equidade.

“O que mais induz o preconceito a uma pessoa com Down é o desconhecimento, nem todos sabem o que é a síndrome e suas implicações na vida destes indivíduos.

É importante ler com muita atenção as informações repassadas neste texto, pois, ele nos ensina a ter respeito às pessoas com deficiência.

Isso é mais que um linguajar politicamente correto, pois, se trata de respeito às singularidades de cada sujeito.

Através de informações atualizadas e de qualidade, é possível compreender que, assim como as outras pessoas, quem nasce com síndrome de Down vem ao mundo cheio de potencialidades.

Viva a inclusão! Viva o respeito! Viva o Down!”, finaliza a secretária.

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