De acordo com a Polícia Civil, a vítima tem atualmente 21 anos

Um homem de 54 anos foi preso, na quarta-feira (21), acusado de abusar sexualmente da própria filha desde os 13 anos, em Novo Mundo (MT).

De acordo com a Polícia Civil, a vítima tem atualmente 21 anos.

Conforme as investigações, os abusos resultaram em duas gestações e danos psicológicos à vítima, que era ameaçada pelo pai para não denunciar o caso.

Segundo a vítima, os abusos começaram aos 13 anos, com toques lascivos e ameaças de castigos físicos, caso contasse a alguém.

Quando a vítima fez 17 anos, o investigado se aproveitou de uma situação em que ficou a sós com ela e forçou a primeira relação sexual.

Em algumas ocasiões, o pai esperava todos da casa dormirem e ia ao quarto dela.

Em outras, inventava desculpas para que a filha o acompanhasse até determinado lugar e a arrastava para o mato, onde forçava relações sexuais.

Ele ainda ordenava que ela dormisse de saia ou vestido e, em caso de desobediência, a agredia com tapas, puxões de cabelo e até mesmo com uma corrente.

A vítima também era proibida de conversar com os próprios irmãos.

Ainda de acordo com a jovem, ao completar 18 anos, ela descobriu como utilizar métodos contraceptivos, mas foi impedida pelo pai de usá-los.

Ela também não podia ter senha no celular.

O homem chegou a tentar quebrar o aparelho ao descobrir que a filha havia anotado o número da polícia.

Recentemente, a jovem conheceu um namorado, com quem conversava por uma rede social.

Ao ver as mensagens, o pai a proibiu de manter contato com ele e destruiu seu celular.

Pouco tempo depois, a vítima contou sobre os abusos ao rapaz, que a encorajou a procurar ajuda da polícia.

Segundo o delegado Lucas Lelis, durante uma das ameaças, o pai disse à vítima que, se fosse preso, após sair da cadeia a mataria e iria ‘fazer o regaço’.

No início deste mês, o criminoso voltou a agredir fisicamente a filha, além de obrigá-la a manter relação sexual não consensual mais uma vez.

Na oportunidade, ele avisou que em dois dias voltaria a manter relação com ela.

No dia marcado para sofrer mais um abuso, 14 de setembro, a jovem conseguiu fugir e buscar ajuda.

O delegado destaca ainda que a comunidade, onde a vítima vivia, tinha conhecimento do que ocorria.

No entanto, nenhuma denúncia anterior chegou aos órgãos assistenciais, de proteção ou da polícia para auxiliar a jovem.

Conforme os agentes, o autor do estupro apresentava um cuidado excessivo e ciúmes em relação à vítima.

Após o inicio das investigações, a jovem passou por exames periciais.

Ainda segundo os agentes, os abusos sexuais resultaram em duas gestações.

A Polícia Civil solicitou o acompanhamento assistencial e psicológico para a vítima.

TN ON Line